Navegando pelas redes sociais encontrei uma história que me chamou muito a atenção!
Conta-se que em uma cidade agrícola de certa região da Europa não chovia há meses. A dita cidade resolveu decretar um dia de JEJUM para pedir chuva. No dia marcado todos se reuniram, mas o líder religioso, um rabino, não apareceu! A multidão saiu à sua procura, encontrando-o em sua casa ALMOÇANDO tranquilamente. Perguntaram a ele se não sabia que fora decretado um dia de jejum. Irônico, o rabino perguntou por que deveria jejuar, obtendo como resposta que o jejum se devia à intensa seca e que todos estavam congregados com MUITA FÉ. O rabino vai até a janela, observa a multidão, e diz: “Fé? Mas não há um único indivíduo carregando um guarda-chuva.”
O conto ilustra bem a diferença entre apenas acreditar, confiar ou apostar e ter fé!
Fé é uma firme opinião de que algo seja verdade sem qualquer tipo de prova ou verificação. É uma confiança absoluta. É levar o guarda-chuva!
Eu trouxe um conto envolvendo religiosidade e a palavra “fé” costuma nos trazer instantaneamente a ideia de devoção religiosa à mente. No entanto não quero falar sobre religiosidade, mas sim sobre o que fiquei pensando depois de ler o conto!
Isso me levou a pensar sobre tudo em que acreditamos ou pensamos ou dizemos acreditar! Com que nível de convicção acreditamos especialmente em nós e em nossos sonhos! Será que “carregamos um guarda-chuva” quando buscamos construir nossos sonhos? Será que temos confiança absoluta em nós mesmos? Ou quando perguntados dizemos mais da boca pra fora, levados pelo senso comum de que se deva acreditar em si, que “sim, acredito na minha capacidade”?
Muitas vezes nos falta essa “fé em si”, olhamos para outros e os julgamos melhores! Descrendo do fato de que ninguém seja melhor que ninguém! Talvez já tenham caminhado mais em uma determinada direção, OK! Mas ninguém nasceu sabendo nada! Todos aprenderam e se nos empenharmos também aprenderemos. Ou que alguém seja mais privilegiado pela vida! Que “fulano” tenha mais chances, porque não enfrenta as mesmas dificuldades que nós! E vamos nos comparando e deixando que essas comparações abalem nossa fé em nós mesmo! No entanto a única pessoa com quem faz sentido nos compararmos é com nós mesmo! Hoje eu sou melhor do que era ontem? Eu avancei? No tocante a outros que tenham “chegado lá”, não devemos olhar PARA eles (e pensar que sejam mais bonitos, mais favorecidos etc.), mas podemos olhar ATRAVÉS deles, vendo de que se “chegaram lá”, também podemos chegar!
Como construir um sonho no qual não acreditamos?
Contradizendo um pouco a tal confiança absoluta da fé e do guarda-chuva, é bom “ter um Plano B” – é uma sábia prudência! O sonho pode demorar a ser construído e podemos precisar desse Plano B, até mesmo para garantir condições de continuar investindo no Plano A.
Mas imagine um comediante que sobe ao palco achando que ninguém vai rir de suas piadas, ou um jogador de futebol que não acredite que seu time possa obter um bom resultado... É importante acreditar no sonho! Se “ninguém rir de nossas piadas”, se “sofrermos uma goleada”... Vamos insistimos, (já dizia Woody Allen: "Noventa por cento do sucesso se baseia simplesmente em insistir.") nos aperfeiçoar, treinamos mais...
Às vezes parece que quanto mais tentamos menos conseguimos! Uma boa metáfora é a de alguém no meio de um pântano e que a cada passo sente-se afundando mais. Mas a cada passo está mais próximo da margem!
Algumas vezes nos desanimamos pensando que deixamos nossos sonhos e nossa fé em nós mesmo tempo demais pra trás! Lembra do jargão? “Hoje é o primeiro dia do resto de nossas vidas”! É sempre bom lembrar que todo dia é uma nova oportunidade, que não importa por quanto tempo estejamos parados, ao darmos o primeiro passo já estaremos caminhando, que não importa o quanto tenhamos caminhado numa “direção errada” ao mudarmos nosso curso já estamos em outra direção! Hoje é o dia! É sempre Hoje! Não podemos mudar o ontem, nem vivenciar antecipadamente o amanhã! Hoje é o dia de usarmos o que o Ontem ensinou, Hoje é o dia de construir um melhor Amanhã! Não percamos mais tempo! O Futuro vem em nossa direção numa velocidade de sessenta minutos por hora! Peguemos nossos guarda-chuvas e mãos à obra!
Imagine um menino cujos pais se separaram quando ele tinha apenas três anos. Após a separação, ele e seu meio-irmão ficaram aos cuidados da mãe, que, cada vez mais, se tornava instável emocionalmente. Terminando internada por problemas mentais. Então ele e o meio-irmão passam a morar com o pai, alcoólatra e ausente. Aos seus doze anos de idade o pai morre vítima de cirrose. É enviado pela madrasta a uma casa de trabalho e semanas depois vai para uma “escola para pobres”... Até aqui está bom! Alguém com histórico similar talvez não se considere a pessoa com as maiores chances na vida, mas eu estava falando de Charlie Chaplin, um dos mais famosos atores de seu tempo e considerado por muitos críticos como o maior artista cinematográfico de todos os tempos e um dos “pais do cinema”
VOCÊ PODE!
...beijinhos***
